No dia 26 de
Dezembro, 5ª feira, vamos ter o Terapeuta de Desenvolvimento Pessoal -
José Miguel O. Silva (Vila Nova de Gaia) - no centro Beladonna em Monção
para fazer CONSTELAÇÕES FAMILIARES.
É uma terapia de grupo (mínimo 10 pessos).
Existem 2 maneiras de participar: 1 - Constelar (a pessoa apresenta o
seu problema, tem um custo de 70€); 2- Assistir (a pessoa assiste à
terapia e existe sempre algo que ressoa, tem um custo de 30€). É uma
terapia óptima, desenvolvida por Bert Helinguer, um psicoterapeuta
alemão, para tratar situações que se repetem na nossa vida (padrões) e
das quais não conseguimos identificar a causa.
Tanto para
constelar como para assistir, a duração é o dia todo (horário a
combinar). De manhã, exploramos a teoria à volta das constelações
familiares e à tarde será a parte prática. Eu já experimentei assitir e
recomendo! Acontecem coisas mágicas! Desta vez, vou aventurar-me a
constelar...
Deixo aqui mais alguma informação, sobre este método:
"As constelações familiares, ou sistémicas, são uma metodologia que
permite ao cliente a possibilidade de olhar, ver, sentir, percepcionar
ou perceber um determinado tema, questão, bloqueio ou situação. Apesar
de denominado pelo autor – Bert Hellinger – de constelações familiares,
esta poderosa ferramenta possibilita abordar qualquer tema para além dos
familiares.
O princípio básico é a representação, por pessoas
(representantes) ou objectos, dos elementos intervenientes em
determinada questão, de forma a podermos ver e sentir a dinâmica
presente nesse contexto. Por exemplo quando a questão é familiar
representam-se os familiares do cliente, já quando a questão é
profissional representam-se os colaboradores… e se for emocional
representam-se as emoções.
Considerada uma abordagem muito verdadeira e por vezes bastante reveladora de situações até então “ocultas”.
"Se me perguntam em que casos poderemos utilizar as constelações,
talvez numa primeira resposta direi que em todos os casos que não
compreendemos algum sofrimento que se repete na nossa vida pessoal ou
familiar… mas este método é excelente para muitas outras questões, temas
de luto, divórcios, despedidas… ou ainda questões que envolvem escolhas
e decisões onde as constelações podem ajudar a mostrar a imagem interna
do cliente dando-lhe força para assumir a direcção que verdadeiramente
pretende.
- José Miguel O. Silva (facilitador)"
De acordo
com a terapia sistémica de Bert Hellinger, a harmonia na vida em família
acontece quando cada um dos seus membros ocupa o seu lugar de direito,
assume os seus papéis na vida, cuida de si mesmo e evita interferir no
destino do outro.
A maioria das dificuldades pessoais e dos
problemas de relacionamento decorre de desordens nos sistemas
familiares. Essas desordens acontecem quando, sem termos consciência ou
intenção de fazê-lo, incorporamos nas nossas vidas o destino de outras
pessoas que, às vezes, viveram num passado distante. Isso faz com que
repitamos o destino de membros da família que foram excluídos,
esquecidos ou cujos lugares não foram reconhecidos.
As principais leis que atuam nas dinâmicas familiares parecem ser:
Todos têm direitos iguais de pertencer ao seu sistema familiar;
Há uma hierarquia na ordem de nascimento. Os que nasceram primeiro têm preferência sobre os que vieram depois;
Os pais dão e os filhos recebem,
A figura masculina ocupa a primeira posição na hierarquia, mas ela trabalha ao serviço da figura feminina.
A violação dessas leis pode ocorrer, de forma não intencional, de muitas maneiras:
Quando bebês são abortados, ou não se faz o luto pelos nados-mortos ou
não se fala mais neles (não se reconhece a perda, não se expressa a
tristeza sentida pela perda)
Quando crianças ou adultos jovens morrem e não se faz o luto por eles
Quando os filhos são doados para adoção e não se fala mais neles
Quando os pais adotivos não reconhecem os pais biológicos dos filhos adotados
Quando ex-parceiros ou relacionamentos importantes não são reconhecidos e honrados nos casais
Quando relações extraconjugais são mantidas em segredo
Quando vivências relacionadas com guerras não são lembradas e os mortos honrados
Quando há segredos de família
E muitas, muitas outras…
Quando qualquer das situações acima acontece, os efeitos são sentidos
por muitas gerações, às vezes, duas ou três gerações depois. Esses
efeitos manifestam-se sob a forma de suicídio, depressão, infertilidade,
doença física ou mental e dependência química, com frequência sem que
se tenha a menor consciência do que aconteceu nas gerações anteriores.
A violação da ordem natural do sistema causa emaranhados. As crianças
começam a tornar-se como os pais, envolvem-se com as questões que dizem
respeito aos pais, sofrem, elas próprias, na crença de que assim os pais
sentir-se-ão bem. À medida que crescem, com frequência sentem raiva e
algumas tentam rejeitar a própria família, numa tentativa de viver uma
nova vida, separadamente. Às vezes, mudam-se para o outro lado do mundo
para se desprenderem das questões familiares, mas isso não funciona.
Quando permanecem ligadas às suas famílias desta forma, não estão livres
para seguirem os seus próprios caminhos e, ao formarem um novo lar,
nunca conseguem estar totalmente disponíveis porque ainda estão presas
aos pais.
O que acontece num grupo de constelações?
O
método da constelação é muito simples no seu processo básico. O
terapeuta pede ao cliente, num grupo terapêutico ou de desenvolvimento
pessoal, que posicione, de acordo com as suas mútuas relações, pessoas
significativas relacionadas à questão ou necessidade apresentada por
ele. São, por exemplo, pessoas mais íntimas de sua família de origem, às
vezes apenas ele e os seus pais ou ele e um sintoma que o incomoda.
Para representar as personagens, o cliente escolhe certos participantes
do grupo e posiciona-os no recinto, de acordo com as suas relações, sem
fazer comentários. Isto deverá ser feito a partir do seu sentimento ou
do “coração”, portanto, sem buscar justificações, sem escolher um
determinado período da sua vida e sem imaginar determinadas cenas que
vivenciou na sua família. Simplesmente deixa-se conduzir por um impulso
interno indiferenciado e por uma atitude amorosa.
Normalmente é
preciso haver clareza sobre quem representa uma determinada pessoa da
família ou algum sintoma, como o “medo” ou alguma entidade abstrata,
como o “segredo” ou a “morte”.
Eventualmente o terapeuta
solicita ao cliente, no início do trabalho, informações sobre a história
da sua família para sentir o “peso anímico” e saber com que personagens
poderá começar a constelação. Quanto menos souberem os representantes
mais a constelação se desenvolve a partir da energia do não julgamento.
Contudo, via de regra, é apenas através de informações essenciais que
uma constelação recebe o impulso para a sua condução. É surpreendente
verificar que no decurso da constelação os representantes guiam-se mais
pelo que sentem do que pelas informações do cliente ou pelas suposições
eventualmente levantadas pelo terapeuta.
Depois de posicionar
os representantes, o cliente senta-se. Após algum tempo de concentração,
o terapeuta pede aos representantes que comuniquem os seus sentimentos,
eventuais perceções e sintomas corporais. Eventualmente pode pedir-lhes
que expressem os seus sentimentos apenas seguindo os seus impulsos de
movimento ou então combina o movimento espontâneo dos representantes com
perguntas, depois de algum tempo.
Dessa maneira, o
conhecimento que a alma do cliente tem sobre a sua família e sobre as
forças que nela atuam toma-se visível e experimentável para o próprio
cliente, o terapeuta e todos os participantes do grupo. O decisivo é que
o movimento dos representantes, seja ele autónomo ou conduzido pelo
terapeuta, conduza a um final que traga liberação e alívio, a uma
“imagem de solução”. Baseado nas informações anteriores, ele pode
introduzir outras pessoas da família, por exemplo, os avós do cliente,
uma ex-noiva do pai, ou uma criança que nunca nasceu.
A constelação
fica em paz quando, ultrapassando a dinâmica do destino, os membros da
família ali representados se reencontram com respeito e amor, os
anteriormente excluídos são reintegrados e cada um pode assumir o lugar
que lhe compete.
Quando a dinâmica e o caminho da solução ficam
claros, o cliente é muitas vezes introduzido pessoalmente na
constelação para sentir, no seu próprio lugar, o sistema reconciliado ou
reordenado. Frequentemente, além do movimento dos representantes com
vista ao futuro, as soluções demandam ainda um ritual, por exemplo, uma
reverência ou uma frase curta entre determinadas pessoas ou entre o
cliente e determinadas pessoas, principalmente os seus pais, para que o
movimento da alma no seu conjunto possa ser levado a um bom termo e
também para que fique claro para o cliente, através das frases, o que o
prende e o que o solta no sistema."
Fonte: A prática das Constelações Familiares – Jakob Schneider citado por CTG: Centro de Terapias de Gaia
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E confirmem até dia 15, quem quiser participar.
Obrigada :-)