Tu não tens nada. Nada na matéria é teu. Absolutamente nada. Tu não tens
pai, nem tens mãe. Eles não são mais do que almas companheiras de
jornada, que desceram contigo para partilhar. Não para possuir.
Tu não tens filhos, tu não tens família, nem amigos. Todos são almas.
Almas que se juntam na nuvem para juntos encarnarem com um mesmo
propósito, numa mesma direcção. Não são teus. Nunca serão. E nem tu és
deles. Nunca. Nunca.
Pensa em quão libertador é não possuíres nada nem ninguém. Pensa o quão
simples a vida se torna. Olhares para as coisas e pessoas como se fossem
coisas e pessoas autónomas, livres da tua energia. Livres da mão pesada
do teu apego.
Pensa assim: «Se eu não tenho nada e nada me pertence, então o que é
isto tudo que está à minha volta? De quem são estas coisas? De quem são
estas pessoas?» Resposta: São da vida. Foi a vida que tas cedeu, nesta
tua breve passagem pela terra. São um presente do céu, para usufruir,
para aproveitar, para «curtir», para partilhar. E, mais do que tudo,
para aprender a largar.
Lembra-te sempre do que eu disse um dia: «Eu amo-te, independentemente
de onde estiveres na vida física.» E no dia em que compreenderes que
nada é teu, e que tudo te é cedido pela vida, vais começar a sentir,
finalmente, a gratidão.
Gratidão por tudo o que está à tua volta, gratidão pelos presentes que a
vida te dá, gratidão por compreenderes que tudo isto tem uma lógica,
gratidão pela consciência. E quando sentires uma gratidão tão forte que
quase arrebenta o teu peito, sobe. Sobe cá para cima. A gratidão é a
forma mais completa de se chegar a mim.
Jesus
(Mensagem de Luz / Alexandra Solnado)
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