Tu olhas tudo em função dos teus medos. Olhas para a vida, para as
pessoas, enfim, para tudo em função da tua própria sobrevivência. Se
tens medo de uma determinada coisa, por exemplo, é natural que te
protejas dela. Que cries defesas. Que cries o que eu chamo de «camadas
de sobrevivência».
As «camadas de sobrevivência» são as defesas que crias para não aceder
ao medo, e, em última análise, para não aceder à dor. E essa dor pode
vir de vidas anteriores a esta, que não foram curadas. Essas camadas são
isso mesmo. Camadas. Uma a uma, vais colocando essas camadas de defesa.
Ano após ano, vida após vida, vais criando subterfúgios, para que essa
dor fique ali, apagada para sempre. Querias tu.
A verdade é que essas «camadas de sobrevivência» são como uma espécie de
filtro distorcido que já não consegue ver a realidade. Vê apenas uma
ilusão da realidade, e essa ilusão é criada por esse filtro. Quando duas
pessoas com «camadas de sobrevivência» diferentes olham para uma mesma
realidade, os seus filtros espelham experiências diferentes. Daí as
diferenças de opinião acerca de uma determinada coisa.
E o facto de duas pessoas terem opiniões diferentes não é mau. Na
realidade não é mau nem bom. É o que é. O problema é quando cada uma
delas quer ter a razão para si. Quer que a sua visão seja a verdadeira, a
correcta. Não levam em consideração os filtros. Não levam em
consideração o medo. Não levam em consideração a memória. Não levam em
consideração a realidade.
Jesus
(Mensagem de Luz / Alexandra Solnado)
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