É numa nuvem, entre vidas, que planeamos em detalhe como será a próxima
encarnação. Qual o país, a época, os pais, a família, tudo para que
possamos trabalhar e evoluir. Vamos trazer de Vidas Passadas emoções,
medos, bloqueios que combinámos ativar nesta vida para poder limpar.
Porque limpar uma dor é uma escolha espiritual.
Esse é o compromisso que fizemos na nuvem entre vidas. Isso é o que irá
acontecer, iremos atrair situações na vida que farão com que todas essas
emoções venham ao de cima. Precisamente para termos oportunidade de
escolher o oposto do que escolhemos numa outra vida. Precisamente para
podermos, desta vez, limpar e libertar.
Quando nós começamos a espiritualizar-nos, começamos a perceber que cada
minúsculo sinal da vida pode chegar para ativar uma determinada emoção.
Essa emoção está a pedir para que eu a processe, faça o luto e limpe. É
nessa altura que a vida começa a ganhar mais significado. Deixo de me
vitimizar, deixo de achar que as pessoas são más, e começo a vê-las como
agentes da minha perda, anjos com os quais eu combinei que iriam
fazer-me sofrer para ativar dores antigas que precisavam de ser limpas.
Nessa altura, quando eu compreendo isso, um grande portal de Luz abre-se
à minha frente. Começo a ativar mais ainda esses pequenos sinais, para
ir limpando cada vez mais as emoções. Começo a perceber que eventos
muito pequenos podem ativar dores imensas que têm que ser limpas. E
começo então a provocar que eles aconteçam. Quando acordamos
maldispostos ou ficamos tristes por alguma coisa que aconteceu com outra
pessoa, por exemplo, já nos permitimos emocionar e deixar cair uma
lágrima. Num filme já nos permitimos chorar, mesmo sabendo que não é
connosco. Se começarmos a respeitar esses pequenos eventos para drenar a
nossa emoção, já estamos a limpar, já estamos a libertar densidade. Já
estamos a limpar Karma. É a isso que chamamos de “Perda Virtual”. Ao
utilizarmos pequenos eventos da vida para chorar a nossa dor, ao
reagirmos emocionalmente aos pequenos sinais, estamos a dizer à vida:
– Não é necessário enviar perdas. Eu já estou a chorar as minhas dores. Já estou a aceitá-las.
E assim a vida não tem que enviar grandes perdas para nos obrigar a
aceitar a dor. Nós já estamos a processá-la nas pequenas ruturas da
vida.
Por isso é que as pessoas quando começam a fazer o seu processo
espiritual, começam a atrair menos perda. Porquê? Porque já estão a
fazer os lutos. Já não precisam de eventos maiores para aceitar encarar a
dor. Quanto menor o evento que eu acuso o toque, sento, choro e faço o
meu luto, quanto menor esse evento, menos a vida vai ter que me trazer
eventos maiores, pois eu já estou a fazer o processo emocional de
libertar a dor. A vida não é má, não é madrasta, ela não envia eventos
terríveis só porque lhe dá prazer. Nós atraímos eventos terríveis porque
quando a vida nos dá pequeninos sinais, nós não os consideramos. Às
vezes, nessas alturas, ainda ativamos mais as nossas defesas.
A “Perda Virtual” é precisamente isso. Quando eu tenho vontade de
chorar, choro. Não interessa porquê, eu não vou deixar que o meu ego me
domine:
– Esse choro não tem lógica nenhuma!
Se eu tenho vontade de chorar é porque tenho um motivo emocional. O ego é
a minha mente, ele não alcança o meu motivo emocional. E assim,
aceitando as minhas emoções, não as julgando, vou fazendo pequenas
perdas virtuais e a dor vai ficando em dia. A vida já não precisa de ser
drástica. Os lutos vão sendo feitos. A dor vai sendo libertada. E a
vida vai ficando mais leve.
in "Conexão - O que Jesus me ensinou"
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