Plenitude é a arte de vagar pelos céus. É a arte de deixar vazar a
densidade, e subir. É uma arte, talvez a mais sublime de todas as artes.
Talvez os artistas a devessem praticar mais vezes… ou talvez não.
Sempre a escolha, sempre a própria escolha.
Plenitude é a capacidade que cada um cria em si próprio para aprender a
voar. Voar para onde a vida o levar. Plenitude é o ser que se completa,
alquimia de vida a correr a 180º. Plenitude é a harmonia entre todas as
coisas, entre o ego e o
instinto, é quando vence o dual e se harmoniza. É quando se cumpre a
missão de mais um dia, a somar aos quantos dias de missão cumprida.
Plenitude é ouvires o cão ladrar, a criança que chora, e não saíres daí de dentro onde permaneces quem
és. Plenitude é cumprir o mundo como Deus fez. É voar na bóia, rumo ao
infinito, para levar notícias frescas ao céu. «Cá nos aguentamos, a
cumprir o que combinámos. Cada um faz a sua parte.» E nós fazemos.
Guardamos para que tudo corra bem, para que termine em bem, para que
venhas a correr ser um dos nossos.
Plenitude é saber que se voltará a ser um ser de luz um dia, e ficar
feliz por poder voltar para casa. Plenitude é saber que o tempo acaba
algum dia, e estarmos preparados para a quinta jornada. Tudo a seu
tempo. Falta muito tempo por vir. Mas a festa já está a ser preparada.
Alexandra Solnado
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